Na sessão do Júri, a ré negou autoria e atribui o crime a uma dupla de motociclistas
Ré, 30, submetida a júri popular pela morte do então companheiro G.M.C.J., 25, foi condenada por homicídio simples.
A sessão do júri, que teve o conselho de sentença composto em sua totalidade por homens. foi presidida pela juíza Ângela Alice Alves Tuma, titular do 3º Tribunal do Júri de Belém.
A pena fixada em 7anos e 9 meses de reclusão será cumprida em regime inicial semiaberto. A ré respondia ao processo em liberdade, é primária, e por isso teve concedido o direito de apelar da condenação em liberdade, ou até que o trânsito em julgado da sentença.
A decisão acatou a acusação sustentada pelo promotor Manoel Victor Murrieta em desfavor da ré de ter cometido o crime, usando um facão. Conforme a acusação, o crime foi motivado pela intenção da vítima em terminar o relacionamento. A promotoria do júri atuou em conjunto com o advogado Pablo Gomes Tapajós, habilitado pela família da vítima no processo, para atuar como assistente de acusação.
Em defesa da ré atuaram os advogados Francisco de Assis Miranda Junior, Fabricio Gomes Saldanha, Arthur Oliveira Pinheiro, e advogada Amanda Polyni Ferreira, que disseram atuar em caráter voluntário, e sustentaram a tese absolutória de negativa de autoria.
Durante a sessão do júri, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação, entre elas J.C.S., ex-companheira da vítima; B.M.L., ex-cunhado e M.H.C., mãe da vítima. M.H.C., relatou nunca ter presenciado brigas entre o casal.
Por orientação da defesa, a ré optou pelo silêncio parcial, só respondendo às perguntas dos advogados que estavam lhe representando. Os advogados justificaram argumentando que a acusada estava emocionalmente descompensada e não conseguiria responder às perguntas da juíza presidente do júri, da promotoria de justiça e assistente de acusação.
A jovem negou a autoria do crime e contou que, em dezembro de 2021, estava dormindo com o companheiro, na rua Castelo Branco, passagem Fé em Deus, bairro do Tapanã, em Belém, quando dois homens chegaram em uma motocicleta, bateram à porta e quando e mulher abriu, um dos indivíduos tentou agredir sexualmente a jovem, enquanto o comparsa rendeu o companheiro dela. A jovem conseguiu fugir e chegar até a rua para pedir por socorro. Ao retornar à residência, em companhia do cunhado, a mulher encontrou o jovem ferido na cabeça, mas ao chegar à unidade de saúde ele já estava sem vida.
https://www.tjpa.jus.br/PortalExterno/imprensa/noticias/Informes/1652201-jovem-acusada-de-matar-companheiro-e-condenada-a-mais-de-07-anos.xhtml
TJPA
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