Júri em Porangatu: homem que matou o próprio pai é condenado a mais de 27 anos de reclusão

Em sessão de julgamento do Tribunal de Júri da comarca de Porangatu, o empresário Welington Hipólito de Oliveira foi condenado por homicídio qualificado pela morte do próprio pai, Lázaro Hipólito de Oliveira, de 81 anos. Na sentença, o juiz Vinícius de Castro Borges, que presidiu a sessão, decretou reclusão em regime inicial fechado em 27 anos e 6 meses, além de indenização de R$ 150 mil aos herdeiros por danos morais. O crime, ocorrido em 7 de junho de 2024, foi motivado por partilha de bens e causou comoção na cidade pela gravidade e situação familiar. Foram observados agravantes de violência doméstica, premeditação, grau de crueldade e o fato da vítima ser idosa.
Na sentença, o juiz pontuou a relação conturbada de pai e filho e as indisposições e ameaças por conta da posse de um imóvel na zona rural em Porangatu, cidade distante 420 quilômetros de Goiânia. No dia do episódio, Wellington Hipólito ainda chegou a danificar e atear gasolina no veículo do pai com intento de incendiar, e agrediu de forma violenta a vítima, sem direito de defesa, efetuando disparos por arma de fogo, o que causou ferimentos graves seguido de morte. A prisão preventiva ocorreu no dia 13 de junho último.
Frieza e premeditação
Conforme o magistrado, “o crime foi qualificado por motivo torpe por interesse patrimonial em disputa de partilha de bens, tendo em vista que, apesar de saber que o disparo de arma de fogo seria suficiente para matar a vítima, optou por desferir golpes contundentes, infligindo-lhe intenso e desnecessário sofrimento para alcançar o resultado morte, revelando acentuada insensibilidade”, observou.
Ainda segundo o juiz Vinícius de Castro Borges, “o crime foi praticado com frieza e premeditação, com intenção deliberada e persistente de tirar a vida da vítima. Durante a instrução processual, foi manifesta de forma clara e reiterada a vontade de ceifar a vida do genitor, não se tratando, portanto, de impulso momentâneo ou reação abrupta, mas de uma intenção nutrida ao longo do tempo, conforme demonstram os registros colhidos”.
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