As penas somadas passam dos 36 anos de reclusão e devem ser cumpridas imediatamente
O Tribunal do Júri da comarca de Criciúma condenou uma mulher e um homem por homicídio duplamente qualificado a penas de mais de 19 e 16 anos de reclusão, em regime fechado. A vítima foi morta após um plano articulado pela companheira, um credor e o executor do crime.
O homicídio ocorreu em fevereiro de 2014, na cidade de Siderópolis. A vítima foi executada com quatro disparos de arma de fogo na área externa de sua propriedade rural, conhecida como “Sítio do Marrom”. De acordo com os autos, o crime foi planejado pela companheira da vítima, que teria descoberto um relacionamento extraconjugal e, em vez de buscar a separação judicial, decidiu pela execução.
Ela contou com o apoio de um terceiro, devedor de uma quantia superior a R$ 100 mil à vítima, que sugeriu o homicídio como forma de se livrar da dívida. Ambos contrataram um executor e ofereceram a ele R$ 1.500 como recompensa. O autor dos disparos aproveitou-se de momento de descanso da vítima, que estava sozinha, sem que pudesse esperar tal ação. Depois do crime, ele fugiu da cidade.
O Conselho de Sentença reconheceu a autoria e as qualificadoras do crime, incluindo motivo torpe, promessa de recompensa e recurso que dificultou a defesa da vítima. A mulher, mandante do crime, foi condenada a 19 anos, 7 meses e 6 dias de reclusão, enquanto o executor recebeu pena de 16 anos, 9 meses e 18 dias, ambas em regime fechado. A execução da sentença é imediata, negado o direito de recorrer em liberdade. O terceiro envolvido não foi julgado ontem por conta de problema de saúde de seu procurador, razão pela qual seu julgamento será marcado para uma nova data.
https://www.tjsc.jus.br/web/imprensa/-/mulher-que-planejou-a-morte-do-marido-e-executor-do-crime-sao-condenados-em-criciuma?redirect=%2Fweb%2Fimprensa%2Fnoticias
TJSC
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