Segurança acusado de homicídio condenado a 21 anos reclusão

Testemunha compareceu ao júri e reconheceu o réu como autor do crime que vitimou ambulante
O segurança Wagner Carvalho, 39, acusado de coautoria do homicídio que vitimou o vendedor ambulante Paulo Coutinho Carvalho, 25, foi condenado por maioria dos votos dos jurados da 3ª Vara do Júri de Belém, sob a presidência da juíza Ângela Alice Alves Tuma.
A pena aplicada ao réu foi de 21 anos de reclusão em regime fechado. Na sentença, a juíza aplicou a detração do tempo em que o réu esteve preso, correspondente a pouco mais de dois anos. O acusado também está preso acusado de outro homicídio, por isso permanece na prisão onde se encontra.
A decisão acolheu a acusação sustentada pelo promotor de justiça Manoel Victor Murrieta, em desfavor do réu de ser autor do homicídio qualificado, motivado por vingança e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
A defesa do réu foi promovida pelo advogado Carlos Felipe Alves Guimarães e pela advogada Sthefani Alves, que sustentando negativa de autoria requereu a absolvição. O advogado também solicitou aos jurados considerarem o in dubio pro reo, no caso de dúvidas da autoria.
Uma testemunha do crime, compareceu ao júri para depor. A jovem contou que, em abril de 2018, a vítima estava em um bar próximo do trapiche de embarque para travessia até a Ilha de Cotijuba, na rua Siqueira Mendes, em Belém. Os atiradores chegaram em um carro branco cor branca, usando coletes, roupas pretas, com máscaras e efetuaram 9 disparos tendo o réu dito: “isso é pela cabo Fátima”. Em referência a uma policial militar executada dentro da própria casa, por homens que furtaram o celular e a arma da vítima. Coutinho seria um dos suspeitos de participação na morte da policial.
A testemunha alegou ainda que o vendedor nunca teve nenhum contato com a PM ou envolvimento em ilícitos, por se tratar de um trabalhador que ajudava no sustento de sua família.
A depoente relatou que a mãe da vítima também chegou a ver o rosto de um dos executores do filho, que deixou cair uma munição e ao se abaixar teve o rosto exposto. Posteriormente o suspeito foi reconhecido como o réu, Wagner Carvalho. Amigos e conhecidos da vítima que estavam próximos anotaram a placa do veículo que, mesmo adulterada, levou a polícia civil à propriedade de uma locadora de veículos e em seguida ao réu que costumava locar o mesmo veículo.
Em interrogatório, o réu disse que trabalhava no ramo de segurança privada e uma única vez usou a locadora porque sua caminhonete estava na oficina.
https://www.tjpa.jus.br/PortalExterno/imprensa/noticias/Informes/1653195-ex-seguranca-acusado-de-homicidio-e-condenado-a-21-anos-reclusao.xhtml
TJPA

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